Durante a cerimônia de promoção de 18 oficiais-generais, nesta segunda-feira (18), o presidente Michel Temer afirmou que “o Brasil não tem muito apreço pela hierarquia, no geral, pela organização. Não temos muito apreço pelas instituições”. Porém ele ressaltou que não se inclui na afirmação dizendo que tem respeito sim, pelas pessoas.
“Eu respeito todas as instituições. Eu respeito às pessoas, respeito os divergentes, eu respeito a imprensa, por mais que a imprensa possa fazer isso ou aquilo” afirmou o presidente. Ele disse que o trabalho das Forças Armadas deve servir como exemplo de “disciplina, hierarquia e organização”.
Ele citou também o fato de ser alvo de especulação e que há uma preocupação muito grande quando conversa com pessoas que fazem parte do poder judiciário. “Se eu falo com alguém do judiciário e sou capaz de influenciá-lo ao ponto de mudar de opinião pessoal, jurídica, científica ou o que quer que seja, ele não se presta para o cargo que exerce”, falou Temer.
O presidente estava se referindo sobre as reações ao seu encontro, em um outro momento, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em reunião que não constava na agenda oficial.
Reforma da Previdência
Ainda preocupado com o rumo que a reforma da previdência vem tomando, Temer falou que essa medida definirá as eleições do ano que vem. Ele falou sobre o assunto durante outro encontro da Fundação Ulysses Guimarães, braço teórico do PMDB.
“Quem for candidato a Presidente da República e disser que vai continuar, ou terá também governo de reformas, estará cravada na sua campanha a tese do acerto do nosso governo. Estará cravado o governo Temer e o programa que ousamos exata e precisamente fazer uma revolução política, administrativa e econômica”, disse.
