Nos Estados Unidos, diversas empresas como a Dark & Lovely, ORS Olive Oil e a Motions estão sendo processadas devido a utilização de substâncias químicas – que prejudicam os fios- em relaxamentos capilares.
Com isso, foram abertos mais de 100 processos judiciais contra as empresas que fabricam esses produtos – as citadas acima -. A justificativa é de que os produtos contêm substâncias que podem ser cancerígenas, além de trazer outros problemas de saúde.
Ainda assim, por mais que as empresas saibam do risco, não se importam de continuar comercializando e vendendo relaxantes capilares.
De acordo com o G1, a primeira abertura processual aconteceu em outubro de 2022, após o National Institutes Of Health, um dos principais responsáveis pela pesquisa na área da saúde, divulgou um estudo sobre os riscos que uma pessoa que utiliza relaxamento capilar possui em detrimento da que escolheu não utilizar.
Desta forma, após a observação de 34 mil participantes no estudo, puderam concluir que as pessoas que utilizaram relaxamento capilar mais de quatro vezes em apenas um ano obtiveram maior capacidade de desenvolver câncer de útero.
Em contrapartida, segundo Alexandra White, autora do estudo, a estimativa é de que 1,64% das mulheres que nunca utilizaram alisantes capilares desenvolvam câncer de útero a partir dos 70 anos de idade.
Saiba mais a fundo o que é o relaxamento capilar
Para quem não sabe, o relaxamento capilar é uma opção para cacheadas e crespas que desejam a abertura maior dos cachos, que vão do 3ABC ao 4ABC. O intuito é ‘’controlar o volume’’ e ‘’trazer mais movimento’’ aos fios.
No entanto, há um debate muito amplo sobre relaxamento capilar, afinal, de certa forma faz com que muitos cabelos crespos e cacheados percam sua identidade.
A perda de identidade vem a partir do momento que tanto mulheres quanto homens passam a entender que o volume do cabelo é um ‘’problema’’ e que deve ser reduzido. Porém, a escolha vai de cada pessoa.
No Brasil pomadas para tranças foram proibidas pela Anvisa
Ainda em fevereiro deste ano, a Anvisa proibiu a venda de todas as marcas de pomadas que são utilizadas para tranças, com a justificativa de que poderiam causar cegueira temporária.
A decisão foi tomada temporariamente para prevenir casos frequentes de pessoas que relataram efeitos indesejáveis após a utilização do produto. Haviam pessoas realizando consultas médicas emergenciais, por exemplo, se queixando de irritações nos olhos.
A Anvisa estava realizando provas e testes que pudessem averiguar o que estava havendo e proibiu qualquer venda durante esse período.
A reclamação estava vindo principalmente de pessoas que tinham tomado banho de mar, chuva ou piscina após terem utilizado o produto capilar. Além disso, dentre as principais queixas estavam: dor de cabeça, coceira e ardência nos olhos.
Anvisa divulga 934 pomadas que poderiam ser comercializadas
No dia 20 de março, após todo o ocorrido, a Anvisa divulgou alguns produtos que poderiam voltar ao mercado. No entanto, a decisão não foi aplicada para os produtos ausentes nesta lista – ou seja, continuam sendo proibidos -.
Segundo o G1, boa parte dos produtos que causaram prejuízos à saúde possuíam alta concentração de uma substância chamada Ceteareth-20.
Com isso, autorizaram apenas os produtos que tivessem dentro de sua fórmula a concentração abaixo de 20% desta substância.
No entanto, dentre as 934 pomadas, foi cancelada a venda de 635 delas devido ao uso fora do limite -ou não autorizado-.
Além disso, também foi cancelada a venda de produtos que não tivessem testes que comprovassem que eles de fato funcionavam. Com isso, não para por aí, isto porque também foi terminantemente proibida a venda dos que não haviam comunicado o responsável técnico das empresas.
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