Muita gente se perguntou, porque estamos tão empolgados com os resultados da natação brasileira? Afinal não ganhamos o ouro, e nas duas provas o Brasil não levou a dourada por poucos milésimos de segundo.
Mas nessa competição o que mais vale para os nossos atletas não é a cor da medalha, é poder estar nas competições. Quatro meses atrás a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) tinha seu presidente atrás das grades. Não sabíamos se teríamos verbas para enviar uma equipe para os jogos. E hoje saboreamos as três medalhas de Ana Marcela Cunha nas provas de águas abertas e duas medalhas nas piscinas onde o Brasil havia ido muito mal nas olimpíadas.
4 x 100 da Superação
O 4×100 livre masculino do Brasil não subia ao pódio em uma competição importante desde as olimpíadas de Sydney 2000. Então 17 anos depois reunimos Gabriel Santos jovem nadador desconhecido, Marcelo Chierighini nadador muito cobrado por não ter ido bem nas olimpíadas do Rio, Bruno Fratus, outro que não foi bem no Rio de Janeiro e não costuma nadar a prova de 100 livre e por fim Cesar Cielo, 9 meses sem treinar, nadou uma prova que o próprio disse não estar na melhor forma.
O resultado teve um sacrifício de cada um, e lembrou o país que o 4×100 livre do Brasil sempre tem que estar no pódio, mais que uma lição para a natação brasileira é uma lição para o país. Talvez se ficarmos juntos como nosso revezamento poderemos levar o Brasil para o lugar mais alto e outros pódios.
Panela velha ainda faz comida boa
Depois de fracassar na tentativa de ir aos jogos olímpicos de 2016, muitos achavam que Nicholas Santos deveria se aposentar, mas aos 37 anos ele não se abateu e fez o melhor tempo da carreira na prova dos 50 metros borboleta.
E assim como fez no último mundial em 2015, Nicholas deu um show, conquistando mais uma vez a medalha de prata na prova e quebra quebrou o recorde de atleta mais velho a ganhar medalha em mundiais, recorde que era dele mesmo.
