Notícias

HRW critica autoritarismo no mundo e cita Bolsonaro

ONG disse que resistência contra autoritarismo tem crescido

(ANSA) – A ONG Human Rights Watch (HRW) divulgou nesta quinta-feira (17) seu relatório anual e apontou o crescimento da oposição e de movimentos de resistência a líderes autoritários. O relatório de 2019 contém 674 páginas e analisa as políticas de direitos humanos em mais de 100 países. O documento destaca que o fenômeno atual não é a onda de autoritarismo no mundo, mas sim, o crescimento da oposição a este autoritarismo. Como exemplo, a ONG citou a pressão para a investigação da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assim como as campanhas contra a limpeza étnica dos Rohingyas em Myanmar e a tentativa de encerrar o conflito na República Democrática do Congo.
    “Mesmo nas democracias ocidentais, políticas autocráticas têm sido avançadas por líderes como o italiano Matteo Salvini e o americano Donald Trump”, disse o diretor executivo da Human Rights Watch, Kenneth Roth. “Os populistas que difundem ódio e intolerância estão gerando uma resistência: os excessos do domínio autocrático estão alimentando um contra-ataque”, concluiu. “Hoje, os autocratas tentam minar a democracia e demonizar as minorias vulneráveis para ganharem apoio popular”, criticou o relatório da ONG.
    Brasil – No capítulo sobre o Brasil no relatório, a ONG, além de citar Bolsonaro como um líder autoritário, aponta que o Brasil enfrenta uma superlotação do sistema carcerário e uma epidemia de violência doméstica. “Isso não pode reduzir o problema. O novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, é o último exemplo autoritário. Bolsonaro se une a uma série de figuras como o turco Erdogan, o egípcio Al Sisi, o filipino Duterte, o húngaro Orban, o russo Putin e o chinês Xi Jinping”, disse Kenneth Roth.
    De acordo com a Human Rights, 842 mil pessoas estavam presas no Brasil em dezembro de 2018, apesar do sistema carcerário ter capacidade para apenas metade. Sobre a violência doméstica, a ONG elogiou a Lei Maria da Penha, porém apontou falhar no sistema, principalmente no atendimento às vítimas, com delegacias especializadas em número insuficiente para toda a população feminina. “Lamentavelmente, podemos dizer que, no Brasil, há uma epidemia de violência doméstica, que não é suficientemente abordada, protegida, atendida pela parte do Estado”, afirmou José Miguel Vivanco, diretor para a divisão das Américas da Human Rights Watch.
    O número de assassinatos também chamou a atenção da ONG. Em 2017, o número de homicídios bateu recorde: 64 mil. Porém, apenas 12 mil foram denunciados pelo Ministério Público.

Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso grupo oficial. Para receber no Telegram, clique aqui

João Pedro

Redator nas editorias de Loterias, Brasil, Mundo e Universo do Portal N10.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Botão Voltar ao topo
Evite o estresse crônico: aprenda a desacelerar! A IA Mia: uma revolução na detecção de tumores. Pílula do exercício: a nova revolução da ciência. Como encontrar o exercício que combina com seu estilo de vida. Você conhece os sintomas da doença celíaca? Conheça estratégias para manter as crianças longe da obesidade! As principais razões por trás da perda capilar reveladas! Transforme sua rotina com estas dicas de beleza! Problemas associados ao uso regular de fones de ouvido Aposte neste chá digestivo depois de comer muito!

Adblock detectado

Olá pessoal! O acesso ao nosso site é gratuito, porém precisamos da publicidade aqui presente para mantermos o projeto online. Por gentileza, considere desativar o adblock ou adicionar nosso site em sua white-list e recarregue a página.