Tecnologia

Golpe do falso empréstimo no WhatsApp aumenta 198% em dois anos

Um golpe está chamando a atenção pelo aumento de relatos em redes sociais. Trata-se do falso empréstimo via Whatsapp. Se antes eram apenas usados nomes de bancos conhecidos, hoje os criminosos começaram a usar nomes de fintechs (empresas de tecnologia que prestam serviços financeiros) como isca. Débora Cipolli, Diretora de Riscos da Noverde, empresa especializada em crédito online para as classes C e D com sede em São Paulo, diz que há um consenso no mercado que esse tipo de abordagem está crescendo, o que requer mais atenção das empresas e da população.

Números de ocorrências:

De acordo com informações do site Reclame Aqui, os números dão ideia da dimensão do problema: considerando apenas os períodos de janeiro até setembro dos últimos três anos, foram 232 casos em 2017, 519 em 2018 e 683 em 2019, um aumento de 198% em dois anos. Já nos nove primeiros meses de 2019 foram postados 683 registros deste golpe, um número que quase alcança todo o ano de 2018 (692 ocorrências) e supera em 51,24% todos os registros de 2017. A modalidade do golpe ainda não possui uma divisão específica no Sistema Digital de Ocorrências da Polícia Civil para relatar este tipo de crime.

Roteiro do golpe:

É possível traçar um perfil de como esse golpe acontece. “O caminho é sempre o mesmo: a pessoa recebe no WhatsApp uma mensagem se fazendo passar por uma fintech informando que há um limite de crédito pré-aprovado disponível. Contudo, é exigido que se faça um depósito antecipado. Já é um claro sinal de tentativa de golpe”, esclarece a Diretora de Riscos da Noverde.

De acordo com Felipe Ferraz, chefe de computação em nuvem do Centro de Estudos em Sistemas Avançados do Recife (CESAR), antes havia certa desconfiança das pessoas quando o golpista se apresentava como uma fintech por se tratar de algo novo e pouco conhecido. “Hoje elas estão crescendo em volume, usuários e exposição. Por isso, todo mundo quer fazer parte dessa onda que está mudando o mercado financeiro e, infelizmente, abriu margem para atuação de pessoas más intencionadas”.

Conheça dicas para evitar cair nesse tipo de golpe:

  • Ignore mensagens enviadas de pessoas desconhecidas que peçam para clicar em um link para conseguir um empréstimo. E, se for o caso, marcar a mensagem como SPAM.
  • Tenha controle sobre quais formulários com pedidos de crédito você preencheu. Empresas com boa reputação costumam oferecer uma experiência simplificada. Desconfie de mensagens que indiquem que seu crédito foi aprovado junto a empresas que você não tenha um relacionamento, por exemplo.
  • Ao receber uma oferta de crédito, pesquise sobre a reputação da empresa, especialmente por meio de recomendações de outros clientes. Golpistas usam muito a desinformação e se aproveitam da necessidade das pessoas que precisam daquele dinheiro.
  • Se persistir a dúvida, entre em contato pelos telefones disponíveis nas páginas oficiais da empresa para esclarecer sobre a veracidade da oferta.
  • Redobre a atenção com ofertas de empréstimos que peçam um depósito antecipado como “taxa de conveniência” ou algum serviço de análise de crédito, para liberar um valor pré-aprovado. Essa prática não é usual.
  • Se a mensagem vier com muitos erros gramaticais ou o atendimento for muito informal, como por exemplo, audios de WhatsApp, há probabilidade grande de ser golpe.
  • Não caia em pressões psicológicas que dão um prazo de poucas horas para a concretização do “empréstimo”. Há casos em que os golpistas prometem abono de parcelas caso o comprovante de depósito seja feito em poucos minutos.

Prevenção a fraudes:

As fintechs costumam criar mecanismos próprios de prevenção a fraudes em seus sistemas. Desde a sua fundação em 2016, a Noverde desenvolveu uma experiência positiva de empréstimo que une tecnologia e inteligência artificial. Dessa forma, a empresa já gerou mais de R$100 milhões em crédito online de forma transparente, fácil e segura. Ao baixar o aplicativo no Google Play, o usuário preenche um cadastro e envia em tempo real documentos e uma selfie.

As imagens são submetidas a programas como o de reconhecimento facial. O sistema também analisa as informações do celular com a devida autorização do dono do aparelho. Uma delas é a validação da geolocalização, pois com ela é possível atestar se o endereço informado por quem está pedindo o empréstimo é real ou se é uma tentativa de pegar dinheiro emprestado em nome de terceiros.

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Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, também administra a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: [email protected]

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