Atualmente, já não é mais novidade para ninguém que os carros elétricos e híbridos chineses estão entrando com força no mercado nacional. Eles oferecem preços mais competitivos, uma ampla lista de equipamentos e um custo-benefício superior aos carros de marcas tradicionais fabricados no Brasil.
Consequentemente, esses veículos, que chegavam ao país com preços significativamente mais baixos, chamaram bastante a atenção. Em resposta a isso, a Anfavea apresentou ao governo um pedido formal para aumentar imediatamente a alíquota de importação de veículos, incluindo os elétricos, para 35%.
O objetivo dessa medida é limitar a entrada em larga escala de automóveis do exterior, especialmente da China, conforme informado pela associação de fabricantes nesta quinta-feira. A BYD, por exemplo, enviou ao Brasil uma remessa de 60 mil carros híbridos e elétricos no primeiro semestre de 2024.
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Essa ação dos chineses é uma estratégia para antecipar o aumento da alíquota do imposto de importação sobre veículos elétricos e híbridos, que foi retomado neste ano. Desde 2016, os carros 100% elétricos estavam isentos desse imposto, enquanto a taxa para os híbridos variava até 4%.
Em janeiro, a alíquota estava em 12% para os carros híbridos (HEV) e híbridos plug-in (PHEV), enquanto para os carros 100% elétricos era de 10%. Agora, nesta segunda-feira, 1º de julho, conforme a tabela de aumento gradual, haverá um novo reajuste. A alíquota para os híbridos (HEV) passará para 25%, para os híbridos plug-in (PHEV) subirá para 20% e para os elétricos a bateria (BEV) ficará em 18%.
O teto máximo, de 35%, será alcançado em julho de 2026. Segundo o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, a retomada dos impostos visa promover a produção de veículos eletrificados no país.
Confira a tabela de aumento gradual de impostos sobre carros elétricos
Híbrido (HEV) | Híbrido Plug-in (PHEV) | Elétrico a bateria (BEV) | |
Janeiro/2024 | 12% | 12% | 10% |
Julho/2024 | 25% | 20% | 18% |
Julho/2025 | 30% | 28% | 25% |
Julho/2026 | 35% | 35% | 35% |
Com as obras da construção de sua fábrica em pleno andamento, a BYD já planeja iniciar a produção de alguns veículos de seu portfólio. A marca chinesa pretende começar com o Dolphin Mini e, posteriormente, lançar o Dolphin e o Yuan Plus. De acordo com informações do site Auto Segredos, o primeiro modelo a ser produzido será o Dolphin Mini, o mais acessível da BYD.
Além disso, outros carros estão nos planos da marca chinesa para serem fabricados em solo brasileiro, como o recente lançamento BYD King e a picape Shark. A intenção da BYD não é fabricar os automóveis integralmente no país, mas sim adotar o sistema SKD (Semi Knock-Down), o que significa que os veículos seriam montados no Brasil com diversas partes já pré-montadas provenientes da China.
A BYD pretende evitar as tarifas de importação aplicadas a veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in importados. A partir de julho de 2026, esses veículos terão aumentos obrigatórios de 18%, 20% e 25% em seus preços, respectivamente. De acordo com informações da Fipe carros, o Dolphin Mini terá no mercado brasileiro duas versões: GL e GS, semelhante ao recente lançamento do King.
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