No competitivo mercado automobilístico brasileiro, o BYD Dolphin se destaca não apenas por ser um dos carros elétricos mais vendidos, mas agora também pelo debate em torno do custo de suas peças de reposição. Por isso, realizamos um levantamento exclusivo, comparando os valores de peças essenciais (em 2024) do Dolphin com os de dois populares modelos a combustão, o Hyundai Creta e o Honda City, para descobrir como os custos se empilham na realidade pós-venda.
Análise de preços por peça: BYD Dolphin x Hyundai Creta x Honda City
Nossa análise focou em componentes críticos para a manutenção dos veículos: grades frontais, para-choques (dianteiros e traseiros), lanternas, faróis e retrovisores. O objetivo? Identificar não apenas o carro com as peças de reposição mais acessíveis, mas também entender o impacto desses custos na decisão de compra dos consumidores brasileiros.
Mostrando os custos
- Grades Frontais surgem como um ponto de interesse. O Dolphin posiciona-se num meio-termo com um valor de R$438,39, contrastando com o elevado R$1.396,02 do Creta e o mais acessível R$206,63 do City.
- Ao observarmos os Para-choques Dianteiros, o cenário se inverte: o Dolphin pede R$2.219,76 pela parte superior e R$1.504,43 pela inferior, superando (e muito) os preços mais moderados de seus concorrentes, Creta (R$521,17) e City (R$1.653,41).
- A história se repete com os Para-choques Traseiros, onde o elétrico novamente exibe valores altos: R$1.907,79 (superior) e R$1.082,43 (inferior), desafiando o Creta (R$541,42) e o City (R$996,81).
- Nos Faróis, o Dolphin chega com R$4.755 (esquerdo) e R$3.161,95 (direito), enquanto o custo do Creta é de R$4.068,88 cada e o do City (R$5.055,09 cada).
- As Lanternas apresentam um terreno mais nivelado, com o conjunto do Dolphin avaliado em R$3.883, contra R$1.600,45 (Creta) e R$1.917,99 (City) por peça.
- Por fim, os Retrovisores completam o quadro, com o Dolphin custando R$1.766 (direito) e R$2.154 (esquerdo), mostrando-se mais caro que os equivalentes no Creta (R$1.268,55 cada) e City (R$1.084,79 e R$998,84).
Custo total de reposição
Após somar os valores de todas as peças avaliadas, o total para o Dolphin chega a R$24.417,97, ultrapassando o Creta (R$15.597,68) e o City (R$18.372,84). Este resultado sugere que, embora o Dolphin oferte vantagens ambientais e de eficiência energética, os proprietários podem enfrentar custos de manutenção mais elevados em comparação com modelos a combustão consolidados.
O que isso significa para os consumidores?
Este comparativo levanta questões importantes sobre a propriedade de veículos elétricos no Brasil, particularmente em relação aos custos de longo prazo. Enquanto o Dolphin representa um avanço significativo rumo à sustentabilidade, a análise de custo de peças destaca a importância de considerar todos os aspectos da posse de um veículo elétrico, além do preço de compra e dos benefícios ambientais.
Os consumidores devem pesar esses fatores cuidadosamente, equilibrando a economia operacional dos elétricos com potenciais custos adicionais de manutenção, além de estar ciente dos pontos de recarga da bateria. As descobertas aqui apresentadas buscam contribuir para uma escolha mais informada, considerando tanto o impacto ambiental quanto o financeiro da posse de um veículo no Brasil.
Atualmente, o hatch da BYD é o carro elétrico mais vendido do Brasil. O compacto somou 1.807 unidades em fevereiro deste ano. Vale lembrar que o Dolphin foi o primeiro a ultrapassar as 1.000 unidades emplacadas em um único mês, ainda em 2023.
Por isso, encorajamos os interessados a buscar mais detalhes sobre custos de manutenção e propriedade de veículos elétricos, acessando recursos oficiais e consultando especialistas no setor. A decisão informada é a chave para uma compra sem arrependimentos.