Ibovespa fecha em alta com impulso de Vale e bancos, dólar cai levemente
O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (4) com uma alta significativa de 1,31%, voltando a ultrapassar a marca dos 136 mil pontos e fechando em 136.110,73. O desempenho positivo foi puxado, principalmente, pelas ações da Vale e dos principais bancos brasileiros, beneficiados pela queda dos juros futuros e pelo bom humor do mercado internacional. Já o dólar comercial registrou leve desvalorização de 0,03%, cotado a R$ 5,63, refletindo uma menor pressão sobre a moeda americana após a divulgação de dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Influência externa e cenário local impulsionam bolsa
O cenário externo teve um impacto importante no desempenho do Ibovespa. A divulgação do relatório Jolts, que apontou uma queda maior que a esperada nas vagas de emprego em aberto nos EUA, gerou expectativas de cortes mais agressivos nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Isso abriu espaço para a valorização de ativos de risco, como as ações de empresas ligadas a commodities e o setor financeiro no Brasil.
Além disso, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçando o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, ajudaram a consolidar o otimismo dos investidores no cenário local.
Durante o pregão, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 134.359 pontos e a máxima de 136.838 pontos, com um volume financeiro negociado de R$ 16,99 bilhões até o final do dia. No acumulado de negociações da B3, o total movimentado foi de R$ 21,7 bilhões.
Dólar recua levemente, moedas latino-americanas sofrem pressão
O dólar à vista teve uma leve desvalorização de 0,03%, fechando cotado a R$ 5,63. Mesmo com os dados mais fracos de emprego nos EUA, que enfraqueceram o dólar em outros mercados, as moedas latino-americanas enfrentaram dificuldades de recuperação. O euro, por sua vez, apresentou valorização de 0,28%, cotado a R$ 6,2468.
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas de economias desenvolvidas, recuava 0,48% no fim do dia, marcando 101,336 pontos. Esse movimento reflete a percepção de que o Fed poderá reduzir os juros de forma mais agressiva para conter uma possível recessão.
Mercados globais têm dia misto com dados dos EUA no radar
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam o dia sem uma direção clara, com o Dow Jones subindo levemente 0,09%, o S&P 500 caindo 0,16% e o Nasdaq recuando 0,30%. O relatório Jolts continuou sendo o centro das atenções dos investidores, que ainda estão atentos à possibilidade de uma recessão na economia americana. O setor de energia foi o destaque negativo no S&P 500, com queda acumulada de 1,42%, enquanto a Dollar Tree despencou 22,16% após divulgar um balanço abaixo das expectativas.
Na Europa, o cenário foi mais negativo, com os principais índices acionários fechando em queda. O Stoxx 600 caiu 1,03%, seguido por baixas nos índices DAX (Alemanha), FTSE 100 (Reino Unido) e CAC 40 (França). A desaceleração econômica nos Estados Unidos e as incertezas sobre as próximas ações do Banco Central Europeu (BCE) pressionaram os mercados. Analistas esperam mais dados do mercado de trabalho dos EUA e estão de olho nas decisões do BCE, que pode também reduzir suas taxas de juros.