Videogame pode ter papel terapêutico na rotina do jovem, diz psicólogo

As estratégias de terapia com games e jogos podem ser muito eficazes entre os jovens
Videogame pode ter papel terapêutico na rotina do jovem
Foto: Adobe Stock / Drobot Dean

Quando se trata de videogames, a opinião pública costuma ser dividida. Contudo, um estudo recente da Universidade de Oxford (Reino Unido) aponta para um aspecto pouco discutido: os benefícios do videogame para a saúde mental dos jovens. Essa relação entre o entretenimento e o bem-estar mental tem ganhado respaldo de profissionais da saúde, e merece um olhar mais atento.

Ao contrário do que muitos podem pensar, os videogames não são apenas uma distração. Têm potencial terapêutico. Filipe Colombini, psicólogo, orientador parental e CEO da Equipe AT, destaca a gamificação – a aplicação de mecânicas de jogos em contextos fora do universo gamer – como uma poderosa ferramenta terapêutica. Nesse método, pacientes são motivados a cumprir tarefas usando princípios dos games, como sistemas de bonificação e pontos.

A capacidade dos jogos de motivar e envolver seus usuários é o que os torna tão eficazes no tratamento da saúde mental“, afirma Colombini. Isso não significa apenas jogar por jogar. Mas sim, utilizar características e dinâmicas dos games para trazer resultados positivos no tratamento.

Alívio para o estresse e estímulo cognitivo

Videogame pode ter papel terapêutico na rotina do jovem
Foto: Adobe Stock

Além do papel terapêutico, videogames podem ser uma válvula de escape. Assim como assistir um filme ou praticar esportes, jogar pode ajudar a reduzir níveis de ansiedade e aumentar a resiliência. O jovem pode se beneficiar dessa fuga lúdica para lidar com problemas cotidianos.

Mas os benefícios não param por aí. Videogames também contribuem para o desenvolvimento cognitivo. Eles desafiam habilidades motoras, raciocínio lógico e ainda proporcionam interações sociais. “Através dos games, os jovens aprendem sobre novas culturas, línguas e habilidades“, destaca o especialista. A gamificação, com seu caráter lúdico, permite combinar imaginação e demandas da vida real.

Gamificação e socialização

Outro ponto essencial é a socialização. O interesse pelo videogame pode unir pessoas de diferentes backgrounds e culturas. A Equipe AT reconhece esse potencial e o integra em suas atividades. O QG do Rolê, grupo terapêutico da empresa, utiliza RPGs, onde os jogadores encarnam personagens, para promover interação e trabalho em equipe.

Por fim, vale ressaltar a importância de um acompanhamento especializado. Embora os games ofereçam diversos benefícios, cada indivíduo é único. Colombini enfatiza que é essencial avaliar a dinâmica familiar, idade, objetivos e habilidades do paciente. “O processo é individualizado, combinando gamificação com outras técnicas terapêuticas, visando os melhores resultados“, conclui o psicólogo.

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Rafael Nicácio

Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Dinastia, é um dos responsáveis pela administração do site. Conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal do RN. Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, também administra a página oportaln10.com.br. E-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br