Para aqueles que são fãs do terror, a franquia “Sobrenatural” certamente precisa de pouca introdução. Desde sua estreia em 2010, dirigida pelo mestre do gênero James Wan, ela tem consistentemente oferecido alguns dos momentos mais memoráveis e aterrorizantes do gênero. Agora, a franquia retorna ao centro das atenções com o lançamento de “Sobrenatural: A Porta Vermelha“, o quinto e último capítulo da saga que tem dado arrepios aos espectadores há mais de uma década. E ao que parece, esta promete ser uma despedida digna da série, cheia de sustos, emoção e personagens amados.
No entanto, a questão permanece: Vale a pena assistir “Sobrenatural: A Porta Vermelha”? Para responder a esta pergunta, vamos mergulhar profundamente no filme, explorando sua trama, seus personagens e a abordagem inovadora que o diretor de estreia Patrick Wilson – também o protagonista da franquia – trouxe para a mesa.
Por favor, note que esta análise pode conter spoilers. Se você ainda não viu o filme e prefere não saber detalhes da trama, agora é a hora de parar de ler.
Uma Nova Abordagem ao Familiar
O núcleo do “Sobrenatural: A Porta Vermelha” é a família Lambert, um grupo de personagens que os fãs da franquia conhecem e amam. O filme se passa dez anos após os eventos de “Sobrenatural 2“, e mostra Josh (Patrick Wilson) e Dalton (Ty Simpkins) enfrentando novamente os demônios do passado para tentar colocar um fim definitivo a esses pesadelos. O mais interessante é que, ao contrário dos filmes anteriores, este filme se concentra realmente na família Lambert, oferecendo uma visão mais profunda de seus personagens e suas lutas.
Aqui, vemos a família Lambert não apenas como vítimas, mas como personagens complexos e multidimensionais. Este é um movimento ousado, mas muito bem-vindo. Os Lamberts sempre foram cercados por entidades mais marcantes do que eles mesmos, desde seus assombros até seus salvadores. No entanto, neste filme, eles são finalmente o foco, tornando os eventos aterrorizantes ainda mais impactantes.
Um Diretor Promissor
“Sobrenatural: A Porta Vermelha” marca a estreia na direção de Patrick Wilson, e ele não decepciona. Seu trabalho como diretor é cuidadoso e sensível, mostrando claramente o amor que ele tem pela franquia. A direção de Wilson é eficaz ao construir tensão, menos focada em sustos repentinos do que seus antecessores, preferindo desenvolver uma atmosfera de medo lento e crescente. Este novo diretor tem um grande talento para a criação do horror, e isso é evidente em cenas como a do exame de ressonância magnética, uma das cenas mais assustadoras e claustrofóbicas do filme.
Onde o Filme Falha
Infelizmente, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” falha em entregar uma conclusão satisfatória. Apesar do forte começo, o roteiro não consegue encaminhar a história para um final coeso, deixando a conclusão do filme parecendo mais um acidente do que um final planejado. A trama se desenrola de uma forma que parece independente dos personagens, deixando uma sensação de desordem no final.
Por fim
No final das contas, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” oferece uma nova e emocionante abordagem à franquia, focando nos personagens que os fãs aprenderam a amar e temer. O filme apresenta momentos genuinamente aterrorizantes e uma direção promissora de Patrick Wilson. No entanto, falha em entregar uma conclusão satisfatória, deixando o espectador um pouco decepcionado. Ainda assim, para os fãs da franquia, vale a pena assistir e desfrutar desta última aventura no mundo de “Sobrenatural”.
Nota: ⭐⭐⭐ (3 estrelas de 5)
Não perca o terror que aguarda atrás da porta
Apesar das falhas, “Sobrenatural: A Porta Vermelha” certamente tem seus méritos. Afinal, é a última chance de se envolver com uma franquia que reinventou o terror nos cinemas. Então, se você é um fã de longa data ou apenas um amante do gênero, não deixe de assistir. E lembre-se, a porta vermelha está sempre à espera de ser aberta…
