Com críticas, a estreia de O Legado de Júpiter ocorreu nesta sexta-feira (07) na Netflix. Com um total de oito episódios, a série, ao contrário do que muita gente esperava, não é a “nova The Boys“. Fizemos algumas ponderações que podem ajudar aqueles que estão em dúvida se vale ou não conferir.
Inspirada na obra de Mark Millar, o Legado de Júpiter é uma HQ que conta a história de um mundo onde os super-heróis não só existem, como estão inicialmente limitados a um código moral rígido, que determina que eles não podem matar nem governar (para efeito desta primeira temporada).
A série, assim como a obra original, faz uma crítica ao universo dos super-heróis, e para isso a trama mostra dilemas muitas vezes mais humanos e menos super. Problemas de relacionamento em família, no grupo principal de heróis, entre outros, movem a história nessa primeira tentativa de apresentar o universo ambientado no live-action.
Mas a série é tão ruim quanto dizem?
Na verdade, não, o apesar de estar aquém do trabalho de marketing feito pelo serviço de streaming, e com isso não atender as expectativas criadas em alguns dos fãs e parte da crítica. A adaptação demostra boa vontade e uma trama com bom potencial, embora figurino, efeitos especiais e até algumas atuações realmente deixem a desejar.
Vale apena assistir?
Sim, com uma expectativa mais realista é fácil assistir e até se encantar com algumas nuances da história. Verdade que alguns atores carregam mais a série do que outros, é o caso de Josh Duhamel (Sheldon Sampson/O Utópico), Leslie Bibb (Grace Sampson/Lady Liberdade) e Ben Daniels (Walter Sampson/Brainwave), que com suas atuações toma a dianteira da interpretação da história e seus personagens.
Qual o maior problema?
O Legado de Júpiter sofre de um problema comum em adaptações deste tipo, a necessidade de mostrar muita coisa em pouco tempo. Com tantos heróis, dilemas familiares, morais e problemas de grupo, disputando a atenção do espectador. E tudo isso misturado com vontade de entender mais, sobre as origens do sexteto principal, é compreensível se perceber mais interessado no passado do que na trama atual, que demora a engrenar.
As críticas são o fim da série?
Não, ao que tudo indica O Legado de Júpiter, deverá ter sim uma continuação, embora isso não tenha sido confirmado ainda pela Netflix. Porém, a julgar pela velocidade com a qual essa primeira temporada se apresentou e desenvolveu, a série poderia ter três temporadas tranquilamente.
Assim, com a próxima desenvolvendo e complementando o gancho deixado nesta primeira, mostrando mais do passado dos heróis e da saída de Skyfox (George Hutchene), interpretado por Matt Lanter, da super equipe e sua, pouco explicada, guinada rumo ao lado antagônico aos heróis. A trama poderá se mostrar ainda mais interessante, em sua continuação.
Em resumo, acreditamos que sim, vale a pena assistir, desde que suas expectativas estejam moderadas. E o futuro da trama pode render bastante, com alguns ajustes e um pouco mais de cuidado ao adaptar o roteiro. Além dos já citados, a série conta também em seu elenco com Andrew Horton, Genevieve DeGraves, Humberly Gonzalez, Mike Wade, Ian Quinlan, David Julian Hirsh e Elena Kampouris, entre outros.
A série está disponível para assinantes da Netflix. Mas e você, o Dinastia N quer saber a sua opinião, sobre essa primeira tentativa de adaptar O Legado de Júpiter?