Um classifico da literatura infantil, “O Pequeno Príncipe“, nos mostrou entre outros, um conceito interessante: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas“. Uma possível interpretação é de que uma vez geradas as expectativas, estas devem ser atendidas e correspondidas. Essa visão vale para quase tudo na vida, inclusive para altos investimentos no mundo dos negócios.
Nas telinhas as expectativas também têm consequências e não as atender pode botar a perder um projeto inteiro. O recente cancelamento de O Legado de Júpiter é um exemplo muito claro destas consequências. A série que vinha sendo apontado pela crítica e fomentada pela própria Netflix como um grande produto para esse ano de 2021, acabou sendo, aos olhos de muitos fãs e aparentemente do streaming, uma grande frustração.
Diferente do que era a expectativa, que seria de tentar consertar os erros na segunda temporada e colocar a atração “de volta aos trilhos“, a gigante do streaming mundial acabou optando por apertar o “botão de ejetar” e deixar a série que custou $200 milhões “cair fatalmente ao solo, morrendo ainda na primeira temporada”.
Nem o sucesso dos quadrinhos de Mark Millar, foi capaz de conter a enxurrada de críticas. Mas o que parece ser a luz no fim do túnel pode surgir da animação. Um Spin-off live-action, já foi confirmado com foco nos vilões da trama, sendo anunciado esta semana, Supercrooks é, ao que parece, a esperança para o universo da série.
Contudo, essa não precisa ser a única esperança para o mundo diatópico dos heróis de Millar, usando a experiência em adaptação de obras adultas em animações, como ocorrido em Yasuke, Pacific Rim: The Black e Castlevania, entre outros. Não seria difícil ao serviço de streaming continuar a história principal, nem que isso ocorra apenas para dar um fim mais digno e respeitoso ao trabalho.
Tal aposta além de não sair tão caro quanto tentar “remendar” os erros do live-action, ainda daria à luz no fim do túnel escuro, no qual a atração entrou sem previsões de sair.
A opção facilitaria a produção, a edição e o foco seria nas dublagens, o que também poderia ser um alento em uma época tão conturbada para gravar, em virtude da pandemia. A aposta é uma opção, mas revela, como já era fato notório, soluções existem, resta saber se a vemelhinha ainda tem cabeça para gastar com o Legado de Júpiter.
Mas e você, gostaria da conversão da série em animação, ou acha que melhor deixar quieto e esquecer o projeto? Conta para a gente o que você gostaria que fosse feito com “o legado” de “O Legado de Júpiter”. Aqui no Dinastia N, você fica sempre bem informado sobre tudo o que acontece no universo dos heróis, filmes, séries e muito mais que movimento o mundo geek.