A Sexta Extinção — Nova Amsterdã 04

Voltado para a cultura, ficção e fantasia, o trabalho a seguir é fruto de uma parceria entre o Dinastia N e o autor Antônio Gomes. A iniciativa busca explorar mais o universo das ideias do escritor, através desta coletânea de contos. As obras serão publicadas semanalmente as terças-feiras. Na quarta publicação da série Nova Amsterdã, o título escolhido foi: A Sexta Extinção.

AVISO: ficção científica, invasão, linguagem explícita, morte, violência.

1

ESTÁ SILENCIOSO, o homem pensou com os olhos atentos e a arma em mãos, pronto para o que quer que aparecesse, não acredito que realmente estou aqui.

Podia ver a placa do estabelecimento há dois quarteirões de onde estava agora, escondido atrás de um velho carro preto abandonado que o ajudava a se camuflar na noite que era iluminada apenas pela luz da lua.

Por mais que o caminho até seu destino estivesse aparentemente livre das Pragas e no céu não houvesse nenhum sinal luminoso, precisava ter cuidado. As Pragas não eram inimigas que se pudesse subestimar ou deixar nas mãos do acaso, eram frias e calculistas como suas peles cinzentas cor de gelo sujo e olhos completamente negros. Antes da Chegada ele teria feito aquele percurso em três minutos ou menos, agora talvez levasse quinze ou mais só para não ser pego em flagrante.

Só a placa escrita Pousada Maine já trazia pesadas recordações de quando sua maior preocupação era se manter no trabalho e não arranjar problemas porque tinha uma filha em casa na qual precisava pensar antes de tudo. Então, em um dia tão comum de sábado tudo mudou, elas chegaram e o pânico se instalou em nível global.

Quando alcançou a entrada do local percebeu que ela estava trancada com diversas tabuas, não se demorou ali e deu a volta na construção buscando pela entrada dos fundos e, como esperado, estava livre. Colocou a mão na maçaneta e girou tendo a visão do corredor escuro e aparentemente abandonado.

Não ligou nenhuma luz, mas de tanto perambular pela escuridão seus olhos estavam acostumados e foi assim que percebeu pequenos traços de que alguém — ou algo — havia passado por ali recentemente. Sentiu uma presença se aproximar quando alcançou o fim do corredor que dava na cozinha e quase disparou, foi por pouco, pouquíssimo mesmo, mas baixou a arma no último momento quando olhou para o dono da mão que segurava seu braço. O rosto era cansado e haviam alguns machucados e o cabelo estava diferente, ainda assim era seu velho amigo.

Assistiu-o lentamente levar um dedo esguio até os lábios em um gesto de silêncio, o homem apenas assentiu e o seguiu no escuro para cada vez mais dentro da Pousada Maine. Atravessaram a cozinha e alcançaram a sala onde um dia ele havia tomado o melhor café de toda a vida, passaram por uma pequena abertura na parede do lado esquerdo e então uma porta onde o breu dominava até uma forte luz ser acesa e o deixar desnorteado por alguns segundos. E disse Ele: Haja luz; e houve luz, sacudiu o pensamento na cabeça.

— Desculpe por isso, mas precisamos ter bastante cuidado.

Ouviu a voz rouca e tão familiar, então abriu os olhos e encontrou novamente o rosto do amigo. Os olhos escuros continuavam os mesmos apesar da barba por fazer, da cicatriz no lábio que subia até perto do nariz em um tom claro contra a pele negra e o cabelo que antes era cortado baixo estava trançado na altura dos ombros. Fazia mais de um ano.

Olhou a sua volta e as janelas do cômodo estavam cobertas por madeira e tecidos grossos que impediam a visão de fora, no canto esquerdo havia uma cama e ao pé dela três pilhas de livros que quase arrancaram uma risada dele, pois só mesmo aquela pessoa usaria o tempo que tinha durante o fim do mundo conhecido para atualizar suas leituras mensais.

— Lucas? — A voz chamou sua atenção.

Então o abraçou e riu, os dois riram, era um alivio para ele chegar até ali e encontrá-lo vivo, não uma vítima das Pragas ou com uma corda no pescoço. Todos se apegavam aos seus e muitos deixavam tudo de lado para que a sobrevivência estivesse em primeiro lugar, a Chegada despertou nas pessoas o pior e o melhor que existia em seus íntimos.

— Eu disse que viria. — Falou quando se afastaram, logo, sentando ambos na cama velha que soltou um murmúrio em reclamação pelo peso.

— E apesar de te achar um idiota pelo risco, agradeço.

— Bê, não podia te deixar para trás, as coisas aconteceram tão rápido, na hora eu só pensava em tirar minha filha de onde estávamos e buscar o abrigo mais próximo. — Lucas Carneiro revelou com sinceridade, sabia que entre eles não existia espaço para fingimento ou mesuras, a verdade era sempre bem-vinda.

— Não julgo você por isso, tentei me afastar daqui, quando eles levaram meus pais tentei encontrar um dos abrigos, mas tudo ao redor estava destruído e tive medo de sair e me encontrarem… — Bernardo pigarreou, forçando a voz já rouca. — Desculpa, fazem meses que não falo com alguém, não costumo falar sozinho, ainda não cheguei nesse nível de loucura — riu sem graça.

— Seus pais…

— Pouco tempo depois da Chegada, três semanas ou quatro, talvez, não lembro ao certo. Perdi um pouco a noção do tempo depois que as comunicações caíram.

Lembrava de Maria e Francisco Cândido, o casal pais do seu melhor amigo e donos da pousada que costumava sempre atrair pessoas principalmente pelas refeições, na época, até contaram a ele sobre como planejavam ampliar e além da pousada abrir um restaurante na área vazia dos fundos. Teria sido um sucesso se o mundo não tivesse acabado. Imaginar que ambos estariam mortos, mesmo depois de tudo que vira, ainda não se adaptara bem a ideia dos mortos. Seus pais estavam a salvo no abrigo de Ponta Negra, na região litorânea de Nova Amsterdã, assim como sua filha, os mais próximos de si tinham conseguido sobreviver ao segundo ataque das Pragas.

Então pensou em como seu amigo poderia estar sobrevivendo, na escuridão, se esgueirando para conseguir um pouco de comida e água por um ano, como um eremita em uma selva de concreto. Via nele uma sombra cinzenta, como aquelas que quase são ofuscadas pela luz do sol, uma sombra do jovem sorridente que havia conhecido quatro anos atrás, lá em 2030, quando começaram a trabalhar juntos.

— Você tem se mantido ocupado. — Apontou para a pilha de livros.

— Precisava de algo para me distrair, a ficção parecia tão distante, mas sempre que a leio me pergunto se não era tudo real ou se não somos apenas personagens no livro de alguma entidade maior.

Lucas assentiu ainda fitando o outro que tinha um olhar vago.

— Eu vi um deles pela primeira vez quando voltava para casa de ônibus naquela noite em que saímos para o bar à beira mar com o pessoal do trabalho. — Bernardo Cavalcanti relembrou e por um instante os olhos escuros ficaram vagos, sem um sentimento especifico e aquilo assustava Lucas, pois em todo o tempo em que conviveu com ele nunca o encontrou sem aquela felicidade característica. — O ônibus estava lotado e parou para que algumas pessoas pudessem descer onde era o posto de gasolina Dudu, do outro lado ficava aquela reserva militar que a noite era escura e esquisita e foi de lá que a Praga saiu, caminhando com os olhos pretos grandes, aqueles olhos, me dão arrepios.

— Eu os vi no dia seguinte a essa noite. Era quase começo da tarde, não estávamos muito crentes do que aparecia nos jornais, você sabe, eles não me convenciam facilmente, estava quase naquele mercado perto da praia, o que fica ao lado da escadaria pintada com grafites, quando a energia simplesmente acabou e as baterias dos carros ficaram totalmente descarregadas.

— A Chuva de Aviões. — Bernardo deixou escapar. Lucas assentiu.

Aquele foi um dos últimos anúncios feitos via rádio, uma das últimas notícias em nível mundial, a Chuva de Aviões foi um evento catastrófico e que com certeza havia entrado para a história do mundo conhecido, afinal, o pulso energético gerado pelas naves das Pragas acabou com a energia e as baterias fazendo com que aviões, jatos, helicópteros e tudo que estivesse voando no momento começasse a cair imediatamente. Nas primeiras horas após o acontecido já se contavam mais de cem aeronaves e o número só tendia a crescer.

— Lucas, você acredita? Acredita que as coisas podem melhorar em algum momento? Que tudo isso vai acabar?

— É por isso que estou aqui. — Sabia o peso de sua resposta e que de imediato o outro compreendeu o significado nada positivo delas. — Aquela teoria, ela é verdadeira, os especialistas dos abrigos estão certos de que pode acontecer no mais tardar daqui há um mês.

Ficaram em silêncio por alguns minutos, como se saboreassem a notícia, era como chupar um limão, nada agradável. Os olhares cansados se encontraram mais uma vez.

— Não podia ficar lá e deixar você aqui, tenho minha menina e é o bem mais precioso, faria tudo por ela e também tenho meus pais e os amo, mas nunca tivemos a melhor das relações. Mas você sempre esteve lá nos piores momentos e me ajudou com a maioria das coisas, sabe disso, não poderia deixá-lo para trás. Precisava tentar encontrar você, não podia simplesmente desistir.

— Agradeço, sempre fui uma pessoa difícil de lidar e confiava em pouquíssimas pessoas, o mundo sempre me pareceu hostil de mais até que foi vítima da hostilidade de outro povo. Matávamos os nossos por motivos criados por pensamentos idiotas. Gênero, sexualidade, religião, nacionalidade ou etnia. E mesmo depois da Chegada isso continuou. Será mesmo que alguma divindade não planejou tudo isso? Acabar conosco para poder recomeçar já que demos tão errado? Será que realmente não há mais esperança para nós? Ou talvez o que acreditávamos ser deuses eram essas criaturas ou simplesmente chegou o fim do ciclo dos humanos como das outras espécies há milênios atrás?

— Para ser sincero, Bê, depois de tudo que vimos, não há como negar que não estamos sozinhos no universo, mas creio que o que há lá fora e que está aqui não são deuses. Acredito em você, em mim e no que posso ver. Acabou o tempo de acreditar no que não pode ser visto.

— Então a sexta extinção é verdade.

— A sexta extinção é verdade. — Lucas afirmou mesmo que tudo que mais quisesse fazer fosse dizer que não.

Naves das Pragas.

2

O PLANETA JÁ HAVIA TESTEMUNHADO CINCO EXTINÇÕES: a primeira se acredita ter acontecido há 440 milhões de anos aproximadamente, por volta do período Ordoviciano-Siluriano, mas as causas eram ainda turvas, uns diziam ter sido atividades vulcânicas intensas, algo glacial ou a queda do nível do mar. A quinta e mais próxima extinção foi no período Cretáceo por volta de 66 milhões de anos atrás, onde 75% dos seres viventes e dominantes foram extintos pelo impacto de um asteroide.

Os cientistas, antes da Chegada, acreditavam que a extinção seria causada pelo próprio homem e o aumento populacional desenfreado, mas ela veio do espaço como na anterior. Em uma noite o céu estava ocupado pela lua e nuvens, no minuto seguinte, em vários lugares ao redor do globo, naves luminosas e no formato de pratos se espalhavam nos céus como se estivessem esperando segundas ordens.

As Pragas eram organizadas e inteligentes já que não tentaram um ataque direto e provavelmente suicida. Os humanos temiam o desconhecido e eram como cães encurralados, latiam e até tentavam morder, mas normalmente não iam muito além. Lucas Carneiro acreditava que eles já planejavam a invasão há tempos. Talvez décadas, afinal, se sabia pouco sobre a origem daquelas criaturas cinzentas, mas era certo de que não era a primeira vez delas na Terra.

Eles atacaram primeiro cortando toda energia em um golpe certeiro gerando o caos na massa humana, em seguida vieram as doenças causadas por um vírus desconhecido que ficou na Terra por meses até desaparecer e levar um terço da população para covas que eram divididas por seis ou oito pessoas. E aparentemente estavam se preparando para o golpe final.

— Conheço esse. — Lucas apontou para o livro sobre todos os outros, finalmente dando total atenção a pilha que antes havia apenas passado o olhar sobre.

— Eu esperava que não esquecesse. — Bernardo riu, era um som engasgado meio tossido que lembrava de como era antigamente, ele estava sempre rindo ou fazendo alguma piada, tendo a resposta para tudo na ponta da língua. A mãe o chamava de atrevido.

Bernardo se esticou na cama e pegou o livro. A Zona Morta de Stephen King, um clássico atemporal, como costumava dizer. Lucas lembrava daquele presente muito bem, pois foi como a chave para abrir os portões onde ficavam o verdadeiro Bernardo.

— Também pensei em você, Lucas, e em quais poderiam ter sido as primeiras palavras de Clara, sempre fui uma pessoa que andava na linha tênue, a tristeza era tão palpável para mim quanto o abraço de um familiar e você foi a primeira pessoa para quem contei abertamente sobre meus pensamentos mais assustadores, aqueles que se acumulavam no fundo da minha cabeça. Mas sua companhia me fazia sentir compreendido, porque você também lutava contra algo ruim.

— Você sempre parecia tão velho quando resolvia dizer essas coisas. — Lucas apontou.

Deu de ombros. Uma nova risada.

— Insinuavam que tínhamos um affair, lembra? — Relembrou.

Bernardo revirou os olhos.

— Claro, as pessoas só aceitavam que homens falassem do que sentiam ou tivessem qualquer intimidade se fossem gays. Héteros só depois de alguns goles de cerveja e mesmo assim enterrando boa parte do que queriam realmente falar. — Os olhos escuros continuavam afiados como a língua, Lucas notou, ele tinha praticamente dois metros enquanto Bernardo tinha pouco mais de um metro e setenta e cinco, ainda assim, ele era, como sempre diziam, atrevido.

— Mas você é gay, tinha aquele cara da França com quem ficava. — Alfinetou.

— E você, Lucas, estava tão empolgado com sua heterossexualidade que fez uma filha aos dezenove anos. — Devolveu.

Explodiram em gargalhadas. O mundo podia estar acabando lá fora, mas, naquele momento, eram dois amigos, duas pessoas que ainda deixavam os resquícios de humanidade exalarem de seus corpos. Era quase como se estivessem de volta aos tempos anteriores a Chegada, onde faziam piadas sem sentido e truques de mágica com cartas.

Quase… estavam quase de volta…

Então veio a pancada forte na porta dos fundos e eles se calaram de imediato, fitando um ao outro com expressões estupefatas. Haviam cometido um grande erro.

Praga.

3

AS PRAGAS NÃO ERAM ESTUPIDAS, por mais que parecessem. Lucas e Bernardo baixaram guarda e não vigiaram, entregando-se a nostalgia e deixando de lado o mais importante para a sobrevivência naqueles tempos: a paranoica desconfiança. Agora podiam sentir no ar um cheiro metálico, elétrico, agoniante e incomodo que denunciava a presença das Pragas.

— Precisamos sair e enfrentar, se ficarmos aqui eles vão nos encurralar. — Lucas levantou com a arma já preparada em mãos e viu Bernardo puxar um facão de debaixo da cama.

— Eles já… — As palavras morreram na boca quando se encontraram no corredor com as Pragas que estavam logo na entrada, os impedindo de passar.

Elas não usavam vestimenta alguma e os corpos eram lisos, magros e altos sem genitália aparente e com braços mais longos que os humanos pendendo na altura das articulações onde seriam os joelhos. Quatro dedos magros e longos também tinham sendo um polegar opositor em cada mão e, apesar do tom de pele cinzenta manchada, o que mais assombrava era a cabeça oval e esticada com pequenas bocas, sem cavidades auditivas e olhos grandes e negros como o brilho obscuro do petróleo.

Vocês sabem o que está em jogo, não usem as armas e larguem no chão, o pensamento veio as suas mentes e isso fez um arrepio subir pela coluna de Lucas. Não era a primeira vez que uma das Pragas se comunicava da maneira deles, se é que se importaram com a maneira humana em algum momento.

Lucas ergueu sua arma e disparou sem piedade. O som da munição saindo da arma e perfurando os corpos ecoava pelas paredes estreitas do corredor e chegavam aos seus ouvidos em um zumbido, mas ele não se importava com isso, só precisava abrir caminho e sair dali com Bernardo o mais rápido possível. Puxou o amigo pelo braço que o seguiu aos tropeços tendo cuidado para não ter contato com o sangue das Pragas que se espalhava pelo chão.

— Luc… — Bernardo começou, mas foi interrompido.

— Precisamos correr, vamos precisar nos esconder em outro canto no caminho para o abrigo. — Continuou o puxando e só pararam ao se aproximarem da ilha de mármore da cozinha e o menor puxar seu braço da mão alheia.

— Lucas, você precisa ir.

— O que quer dizer com isso? — Perguntou, mas ao fitar o rosto do outro que estava banhado pelas sombras noturnas obteve sua resposta. — Não, eu não vou deixar você para trás. Vim até aqui, prometi a Clara que ela te veria de novo, que estaria conosco.

— Não podemos cumprir todas as nossas promessas, mas pior do que voltar sem mim é você não voltar. Ela precisa de você.

— Isso é loucura, porque perder tempo discutindo por isso quando já podíamos estar fora daqui?

— Olhe.

E ele olhou para onde Bernardo apontava e através das brechas nas madeiras das janelas pôde ver uma forte luz pálida invadir a rua. Uma das naves estava ali e logo mais Pragas invadiriam a casa e não estariam desarmados.

— Você tem que ir, saia pelos fundos e corra pelo escuro. Vou distraí-los e poderá ir.

— Não, não, vamos os dois. Vim até aqui…

— E agradeço por isso, mas não me restou nada, Lucas, apenas você e esse lugar. Não posso perder os dois, então preciso que vá e cuide de Clara. Precisa garantir que haja um futuro para ela, lute, não desista. Viva para amanhã.

— Eu odeio quando você fala assim.

— Porque sabe que tenho razão.

Lucas o abraçou sentindo o fio do facão beijar suavemente sua pele e talvez deixar um corte no braço, não se importou, a luz da nave lá fora já invadia todo o ambiente e quase os encontrava na escuridão da cozinha onde havia comido tantas vezes no passado, não se importou.

— Vá, irmão, continue vivendo. — Bernardo soprou as palavras e o afastou.

Mesmo com a mente dizendo que não, seu corpo agiu em favor da sobrevivência e ele correu em desespero, a arma sacudindo em mãos e os pés batendo contra o asfalto. Seus olhos estavam borrados por lembranças pesadas, mas se forçou a continuar. Era como se estivesse atravessando o limite de tudo, estava deixando para trás a última parte que o prendia ao mundo de cima, a última ligação fora do abrigo subterrâneo. Em um último olhar viu uma luz, não branca, mas amarela, vermelha, laranja e quente. A construção antes conhecida como Pousada Maine estava em chamas.

Pousada Maine em chamas.

COMPARTILHE:

Antônio Gomes

Antônio Gomes

Colaborar do Dinastia N. Um amante irremediável da cultura pop em todas as suas formas. Escritor e leitor voraz. Seguidor fiel do mestre Stephen King e filho dos anos noventa, sendo o sonho conturbado da realidade que ainda está aprendendo a dar os primeiros passos, é fácil me encontrar comendo batatas, assistindo séries ou escrevendo alguma história com plot twist.