Brasil avança no ranking do IDH e alcança a 84ª posição global

Brasil avança no ranking do IDH e alcança a 84ª posição global
Carola

O Brasil registrou uma melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), saltando cinco posições no ranking global. A nova edição do relatório, divulgada pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) nesta terça-feira (6), coloca o país na 84ª colocação entre 193 nações avaliadas.

O IDH, que varia de 0 a 1, considera indicadores de saúde (expectativa de vida), educação e renda (PIB *per capita*). Uma pontuação acima de 0,800 indica um nível de desenvolvimento humano muito alto. Em 2023, o IDH brasileiro atingiu 0,786, um avanço de 0,77% em relação ao índice de 0,780 registrado em 2022. É interessante notar como as universidades brasileiras contribuem para o IDH, como a UFRN que se destaca no Enade e figura entre as melhores universidades do país.

Apesar da melhora, o coordenador do relatório, Pedro Conceição, aponta preocupações. Segundo ele, o progresso global tem sido mais lento e desigual. "Estamos progredindo de forma mais lenta. Na verdade, é o progresso mais lento na história, se não considerarmos o período de declínio do IDH [devido à pandemia de covid-19]", afirmou Conceição. Ele também ressaltou que países com IDH mais baixo estão ficando para trás, revertendo uma tendência de convergência observada nas décadas anteriores.

Na América Latina e Caribe, o Chile lidera o ranking, ocupando a 45ª posição global com um IDH de 0,878. Outros países da região com IDH considerado muito alto são Argentina, Uruguai, Antígua e Barbuda, São Cristóvão e Névis, Panamá, Costa Rica, Bahamas, Barbados e Trinidad e Tobago.

A Islândia, com um IDH de 0,972, ocupa o primeiro lugar no ranking mundial, seguida de perto por Suíça e Noruega. No extremo oposto, o Sudão do Sul apresenta o menor IDH (0,388), com as últimas posições sendo ocupadas majoritariamente por países africanos.

Desigualdade e Gênero

O relatório da ONU também apresenta um IDH ajustado pela desigualdade social. Nesse cenário, o IDH do Brasil cai para 0,594, colocando o país na 105ª posição e na categoria de desenvolvimento médio. Já na análise por gênero, o IDH das mulheres (0,785) supera ligeiramente o dos homens (0,783), impulsionado por melhores indicadores de expectativa de vida e escolaridade, embora a renda *per capita* masculina ainda seja superior.

Quando ajustado pela pegada de carbono, o IDH brasileiro é de 0,702, com uma melhoria na posição do ranking, alcançando a 77ª colocação.

Inteligência Artificial em foco

A edição deste ano do relatório de Desenvolvimento Humano tem como tema central a inteligência artificial. Achim Steiner, administrador do Pnud, enfatizou a importância de usar a tecnologia para promover o desenvolvimento humano, garantindo que ela seja uma ferramenta para aumentar a "engenhosidade, diversidade, imaginação, empreendedorismo" e a capacidade de enfrentar os desafios do futuro de forma colaborativa. Assim como em diversas áreas existem rankings, como o Ranking da Fifa: Brasil permanece em 5º lugar; Espanha assume a vice-liderança.

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