Rio Grande do Norte registra alta taxa de pessoas com deficiência, aponta Censo 2022 do IBGE

Os dados também revelam que 21,21% dos domicílios no Rio Grande do Norte possuem pelo menos uma pessoa com deficiência.
Rio Grande do Norte registra alta taxa de pessoas com deficiência, aponta Censo 2022 do IBGE
Reprodução / EPTV

O Rio Grande do Norte se destaca no cenário nacional com a quinta maior taxa de pessoas com deficiência (PCD), conforme revelado pelos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais de 285,3 mil potiguares se enquadram nessa condição, representando 8,8% da população do estado, um percentual superior à média brasileira de 7,3%.

A análise dos dados revela nuances importantes sobre a distribuição da deficiência no RN:

  • Gênero: A prevalência é maior entre as mulheres, com 9,7%, em comparação com os homens, que registram 7,9%.
  • Faixa etária: A proporção de pessoas com deficiência aumenta com a idade, atingindo 24,9% entre os moradores com 60 anos ou mais. Nas mulheres idosas, esse número sobe para 26,8%, enquanto entre os homens idosos é de 22,5%.
  • Municípios: Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Mossoró apresenta o maior percentual de PCD (9,1%), seguido por Natal (8,7%) e São Gonçalo do Amarante (8,8%). Parnamirim registra o menor índice (6,1%).

O IBGE também identificou que o Rio Grande do Norte apresenta percentuais mais elevados de dificuldades funcionais permanentes em comparação com o Brasil em diversas categorias:

  • Enxergar: 4,8% no RN contra 4,0% no Brasil.
  • Ouvir: 1,5% contra 1,3%.
  • Andar: 3,0% contra 2,6%.
  • Pegar objetos: 1,5% contra 1,4%.
  • Dificuldades mentais: 1,7% contra 1,4%.

No que diz respeito à educação, o Censo 2022 aponta para uma disparidade significativa. A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência no RN é maior do que a média nacional e similar à do Nordeste, atingindo 35,9% entre homens e 25,8% entre mulheres. Em contrapartida, entre pessoas sem deficiência, os percentuais no RN (12,7% e 7,6%) superam os do Brasil (5,8% e 4,7%), mas são inferiores aos do Nordeste (12,6% e 9,0%).

Os dados do Censo 2022 também revelam que 21,21% dos domicílios no Rio Grande do Norte possuem pelo menos uma pessoa com deficiência. Esse percentual é maior do que a média nacional (16,84%) e a do Nordeste (20,44%).

O Censo Demográfico 2022 identificou, no Brasil, 14,4 milhões de pessoas com deficiência com 2 anos ou mais de idade. No Nordeste, essa proporção foi maior, alcançando 8,6%. No Rio Grande do Norte, 285,3 mil residentes foram identificados com deficiência, representando 8,8% (acima da média nacional de 7,3% e ligeiramente maior que a do Nordeste, que foi de 8,6%).

Entre os municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes, Mossoró apresentou o maior percentual (9,1%), seguido por Natal (8,7%), São Gonçalo do Amarante (8,8%) e Parnamirim (6,1%).

No recorte por faixa etária, os dados do Censo 2022 mostraram que a proporção de pessoas com deficiência no Rio Grande do Norte aumentou progressivamente com a idade, alcançando 24,9% entre os moradores com 60 anos ou mais.

Em comparação ao Nordeste, o RN teve valores similares, mas ainda ligeiramente maiores em alguns grupos, indicando maior carga de deficiência em termos proporcionais. Mossoró se destacou com 11,9% entre indígenas e 11,3% entre pretos.

Em relação às dificuldades funcionais permanentes, o Rio Grande do Norte apresentou percentuais mais elevados em comparação com o Brasil em todas as categorias: enxergar (4,8% no RN contra 4,0% no Brasil), ouvir (1,5% contra 1,3%), andar (3,0% contra 2,6%), pegar objetos (1,5% contra 1,4%) e dificuldades mentais (1,7% contra 1,4%). Em Mossoró, esses percentuais de limitação para enxergar e para andar ou subir, foram ligeiramente superiores (4,7% e 3,2%, respectivamente).

Para múltiplas dificuldades (2 ou mais), no comparativo nacional, o Rio Grande do Norte apresentou a proporção de 2,3%, com prevalência de deficiência acima da média brasileira de 2,0%e praticamente equivalente ao Nordeste 2,4%. Mossoró apresentou percentual levemente superior na categoria de múltiplas dificuldades, com 2,6%. Os dados demonstraram que a maioria das pessoas com deficiência relatou apenas uma limitação funcional, embora a proporção de múltiplas dificuldades tenha sido relevante e similar em algumas localidades.

Sobre o grau de dificuldade funcional, no Rio Grande do Norte, a dificuldade mais prevalente foi para enxergar, com 16,1% da população apresentando algum grau de limitação, seguida por dificuldade para andar (4,9%) e ouvir (4,5%).

A maior proporção de pessoas que afirmaram “não conseguir de modo algum” foi registrada na dificuldade para andar (0,6%). A menor prevalência geral foi observada nas limitações cognitivas/mentais, embora ainda representassem 2,3% da população com algum grau de limitação. Esses resultados evidenciaram a predominância das limitações sensoriais visuais e motoras.

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