O Rio Grande do Norte se destaca no cenário nacional com a quinta maior taxa de pessoas com deficiência (PCD), conforme revelado pelos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais de 285,3 mil potiguares se enquadram nessa condição, representando 8,8% da população do estado, um percentual superior à média brasileira de 7,3%.
A análise dos dados revela nuances importantes sobre a distribuição da deficiência no RN:
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- Gênero: A prevalência é maior entre as mulheres, com 9,7%, em comparação com os homens, que registram 7,9%.
- Faixa etária: A proporção de pessoas com deficiência aumenta com a idade, atingindo 24,9% entre os moradores com 60 anos ou mais. Nas mulheres idosas, esse número sobe para 26,8%, enquanto entre os homens idosos é de 22,5%.
- Municípios: Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Mossoró apresenta o maior percentual de PCD (9,1%), seguido por Natal (8,7%) e São Gonçalo do Amarante (8,8%). Parnamirim registra o menor índice (6,1%).
O IBGE também identificou que o Rio Grande do Norte apresenta percentuais mais elevados de dificuldades funcionais permanentes em comparação com o Brasil em diversas categorias:
- Enxergar: 4,8% no RN contra 4,0% no Brasil.
- Ouvir: 1,5% contra 1,3%.
- Andar: 3,0% contra 2,6%.
- Pegar objetos: 1,5% contra 1,4%.
- Dificuldades mentais: 1,7% contra 1,4%.
No que diz respeito à educação, o Censo 2022 aponta para uma disparidade significativa. A taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência no RN é maior do que a média nacional e similar à do Nordeste, atingindo 35,9% entre homens e 25,8% entre mulheres. Em contrapartida, entre pessoas sem deficiência, os percentuais no RN (12,7% e 7,6%) superam os do Brasil (5,8% e 4,7%), mas são inferiores aos do Nordeste (12,6% e 9,0%).
Os dados do Censo 2022 também revelam que 21,21% dos domicílios no Rio Grande do Norte possuem pelo menos uma pessoa com deficiência. Esse percentual é maior do que a média nacional (16,84%) e a do Nordeste (20,44%).
O Censo Demográfico 2022 identificou, no Brasil, 14,4 milhões de pessoas com deficiência com 2 anos ou mais de idade. No Nordeste, essa proporção foi maior, alcançando 8,6%. No Rio Grande do Norte, 285,3 mil residentes foram identificados com deficiência, representando 8,8% (acima da média nacional de 7,3% e ligeiramente maior que a do Nordeste, que foi de 8,6%).
Entre os municípios potiguares com mais de 100 mil habitantes, Mossoró apresentou o maior percentual (9,1%), seguido por Natal (8,7%), São Gonçalo do Amarante (8,8%) e Parnamirim (6,1%).
No recorte por faixa etária, os dados do Censo 2022 mostraram que a proporção de pessoas com deficiência no Rio Grande do Norte aumentou progressivamente com a idade, alcançando 24,9% entre os moradores com 60 anos ou mais.
Em comparação ao Nordeste, o RN teve valores similares, mas ainda ligeiramente maiores em alguns grupos, indicando maior carga de deficiência em termos proporcionais. Mossoró se destacou com 11,9% entre indígenas e 11,3% entre pretos.
Em relação às dificuldades funcionais permanentes, o Rio Grande do Norte apresentou percentuais mais elevados em comparação com o Brasil em todas as categorias: enxergar (4,8% no RN contra 4,0% no Brasil), ouvir (1,5% contra 1,3%), andar (3,0% contra 2,6%), pegar objetos (1,5% contra 1,4%) e dificuldades mentais (1,7% contra 1,4%). Em Mossoró, esses percentuais de limitação para enxergar e para andar ou subir, foram ligeiramente superiores (4,7% e 3,2%, respectivamente).
Para múltiplas dificuldades (2 ou mais), no comparativo nacional, o Rio Grande do Norte apresentou a proporção de 2,3%, com prevalência de deficiência acima da média brasileira de 2,0%e praticamente equivalente ao Nordeste 2,4%. Mossoró apresentou percentual levemente superior na categoria de múltiplas dificuldades, com 2,6%. Os dados demonstraram que a maioria das pessoas com deficiência relatou apenas uma limitação funcional, embora a proporção de múltiplas dificuldades tenha sido relevante e similar em algumas localidades.
Sobre o grau de dificuldade funcional, no Rio Grande do Norte, a dificuldade mais prevalente foi para enxergar, com 16,1% da população apresentando algum grau de limitação, seguida por dificuldade para andar (4,9%) e ouvir (4,5%).
A maior proporção de pessoas que afirmaram “não conseguir de modo algum” foi registrada na dificuldade para andar (0,6%). A menor prevalência geral foi observada nas limitações cognitivas/mentais, embora ainda representassem 2,3% da população com algum grau de limitação. Esses resultados evidenciaram a predominância das limitações sensoriais visuais e motoras.