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‘Morte do berço’ pode ser prevenida com ações simples

A síndrome da morte súbita do lactente (SMSL), popularmente conhecida como “morte do berço”, é uma das maiores preocupações dos pais de recém-nascidos. No entanto, essa tragédia pode ser prevenida com medidas simples, como a adoção de uma posição segura para dormir e a remoção de objetos que possam obstruir as vias aéreas da criança. Além disso, uma baba eletrônica pode ser instalada para que os pais observem se a criança se moveu de forma que possa estar em risco. 

Segundo o Ministério da Saúde, esse tipo de morte é a principal causa de óbito de crianças com menos de um ano de idade no Brasil. Trata-se de uma morte inexplicável, que muitas vezes ocorre enquanto a criança está dormindo. Conforme dados divulgados pela BBC, estima-se que cerca de 1,4 mil bebês morrem por SMSL a cada ano no país.

Embora sua causa exata ainda seja desconhecida, sabe-se que alguns fatores aumentam o risco de ocorrência, como o tabagismo na gravidez, o uso de álcool ou drogas pelos pais e a exposição do bebê a ambientes poluídos. Existem ainda práticas do dia a dia que podem ser adotadas como forma de evitar esse mal súbito. 

Um estudo publicado pelo periódico científico Pediatrics, em 2021, também apontou que a educação dos pais pode ser uma estratégia eficaz na prevenção da SMSL. Os pesquisadores concluíram que as campanhas de conscientização sobre as práticas seguras de sono para bebês foram responsáveis por uma redução significativa no número de casos da síndrome.

Diante disso, é importante que os pais e cuidadores estejam informados sobre as medidas de prevenção da SMSL e as sigam rigorosamente, garantindo um sono seguro e tranquilo para os bebês.

Ações de prevenção da morte súbita infantil

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) elaborou um documento que traz algumas recomendações consideradas importantes para evitar a SMSL. A primeira delas é que a criança durma de barriga para cima, em um colchão firme e sem nenhum objeto que possa obstruir suas vias aéreas, como travesseiros, cobertores ou bichos de pelúcia.

Além disso, é importante manter o ambiente do quarto do bebê limpo e arejado, evitando a presença de fatores irritantes, como mofo e poeira. Outra medida é a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, pois ela fortalece o sistema imunológico e reduz o risco de infecções respiratórias, que podem ser um fator desencadeante da morte súbita do lactente.

A Sociedade alerta que é fundamental que os pais estejam informados sobre as medidas de prevenção e as coloquem em prática desde o nascimento do bebê. Além disso, é importante que os profissionais de saúde orientem as famílias sobre esse assunto e esclareçam quaisquer dúvidas que possam surgir.

Causas mais aceitas que podem provocar a síndrome

De acordo com artigo de pediatra especialista em Medicina Interna e Nefrologia, publicado no Manual MD de Saúde, o fato de a SMSL ser caracterizada pela ausência de causa identificável de morte do bebê, isso não significa que a morte não tenha um motivo.

Atualmente, a teoria mais aceita é que ela ocorra devido a um atraso na maturidade do tronco cerebral do bebê, área responsável pelo controle da respiração, dos batimentos cardíacos e da pressão arterial.

Crianças com maior propensão à morte súbita podem ter dificuldade para acordar em situações estressantes, como a falta de oxigenação ou o excesso de calor. Essa teoria é apoiada pelo fato de a morte súbita ser mais comum em bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer.

Pesquisa identifica novo elemento importante para possível causa da SMSL

A comunidade científica ainda precisa preencher lacunas sobre a síndrome da morte súbita do lactente. Contudo, uma pesquisa publicada na revista eBio Medicine, do Lancet, indica a diminuição dos níveis da enzima butirilcolinesterase (BChE) como mais uma peça do quebra-cabeça para desvendar esse mistério.

Conduzido no Hospital Infantil de Westmed, na Austrália, o levantamento comparou os níveis de BChE em 26 bebês mortos por SMSL, 41 por outras causas e 655 sobreviventes. O estudo aponta que os níveis da enzima estavam mais baixos nas crianças que sofreram morte súbita.

De acordo com a equipe de pesquisas, a butirilcolinesterase desempenha um papel importante no sistema nervoso autônomo, responsável pelas funções involuntárias e inconscientes do corpo. O baixo nível da enzima pode indicar menor capacidade do bebê de responder ao ambiente quando está dormindo, tornando-o mais vulnerável a não acordar quando necessário, como quando não consegue respirar.

Em entrevista à imprensa, Carmel Harrington, líder do estudo, comentou que essa é a primeira evidência de que “bebês vítimas de morte súbita são diferentes desde o nascimento”. Essa descoberta é um primeiro passo significativo para entender a SMSL e abrir caminho para mais estudos na prevenção dessa condição. Isso porque o levantamento pode fornecer um possível marcador sanguíneo para futuras pesquisas e desenvolvimento de intervenções para prevenir a SMSL.

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Wagner Santos

Meu nome e Wagner Santos CEO da Revista de Marketing e profissional de SEO | Linkbuilder e escrevo sobre dicas para melhorar e alavancar sites na internet.

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