Não é de hoje que os grandes centros urbanos estão saturados em termos de imóveisSaturação das grandes cidades abre espaço para novos mercados. Ou seja, não há construções suficientes para atender à demanda, o que impacta nos preços das residências.
Como resultado, o preço de alugar um imóvel e, sobretudo, de comprar, está cada vez maior. Mas se isso leva a desvantagens nas grandes cidades, acaba por abrir espaço para novos centros urbanos.
Nesse sentido, casas à venda em Ribeirão Preto, por exemplo, acabam sendo muito mais baratas do que em São Paulo ou Campinas. O mesmo vale para apartamentos, bem como imóveis para alugar. Entenda porque o fluxo de imóveis está mudando de lugar e como você pode se beneficiar disso.
A migração reversa
Um fenômeno curioso tem acontecido nos últimos 5, 10 anos: a migração reversa, ou seja, a saída de pessoas das capitais para o interior. E isso se dá, entre outros fatores, por causa do alto preço dos imóveis nas grandes cidades.
Isso acontece porque os preços das construções crescem conforme a demanda aumenta. Em cidades como Campinas, por exemplo, o preço do metro quadrado está por volta de R$ 869, o terceiro maior de São Paulo.
Este preço é válido para lotes de condomínios fechados, que estão ganhando força em termos de vendas. No caso de apartamentos, o preço é ainda maior, o que inviabiliza a construção de grandes condomínios de apartamentos. Isso faz com que as construções fiquem mais espraiadas, ou seja, cresçam para os lados e não para o alto.
Na cidade de São Paulo, a escassez de terras também é baixa, o que faz o metro quadrado custar R$ 994 – a segunda maior média do estado. Mas a capital paulista sofre com congestionamentos, o que faz a demanda por condomínios de casa diminuir caso eles sejam muito afastados de onde os potenciais clientes trabalham.
Com isso, as cidades do interior se aproveitam das menores distâncias e do crescimento do home office, que dão mais flexibilidade aos clientes.
Crescimento do interior
Regiões como Sorocaba, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto estão experimentando um grande fluxo de construções e espraiamento de condomínios. Isso ocorre porque os condomínios residenciais apresentam uma série de vantagens em relação aos apartamentos.
Por exemplo, os lotes desses condomínios são maiores, o que permite aos clientes ter mais espaço livre. Dessa forma, quem tem uma família maior pode contar com mais espaço para proporcionar lazer aos seus filhos.
Além disso, os condomínios residenciais possuem uma maior área verde, o que contribui para a preservação do meio ambiente. Isso também proporciona um contato com a natureza que é muito raro ou até inexistente nas grandes cidades.
Vários condomínios de terrenos possuem grandes áreas verdes, de preservação, bem como lagos e espaços amplos de lazer. E como são casas, há a possibilidade de inserir painéis solares, sistemas de reuso de água, hortas, e muito mais.
O preço também influencia, já que os terrenos tendem a custar menos do que um apartamento de grande metragem. E ao comprar terrenos, o cliente tem a opção de construir a casa de acordo com suas especificidades, sob medida, e colocar o projeto como desejar.
No fim, a construção de uma casa, mais a compra do terreno, em uma cidade de interior pode até sair mais barato do que comprar um apartamento em uma grande cidade. Esse também é um fator que pesa tanto na mudança de hábito quanto na mudança de cidade.
Isso tende a proporcionar um maior bem-estar, menos custos, mais contato com a natureza e mais conscientização ambiental. E tais recursos existem em abundância no interior como forma de justificar a escolha dos clientes.
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