Chefe da felicidade | Antes de mais nada, você sabia que cerca de 90% dos brasileiros estão infelizes no trabalho? Esse é um dado coletado do livro “é possível se reinventar e integrar a vida pessoal e profissional” do consultor de carreiras Fredy Machado.
Desse percentual, 36,52% dos profissionais estão infelizes com o trabalho que realizam atualmente e outros 64,24% gostariam de fazer algo diferente, em outra área de atuação.
São dados preocupantes porque, além de impactar na qualidade de vida das pessoas, essa infelicidade com o trabalho, faz com que os profissionais sejam menos produtivos, dispostos e eficientes no dia a dia.
Especialistas na área indicam que as empresas que se manterão competitivas no mercado ao longo dos próximos anos são aquelas que têm um ambiente interno harmonioso, saudável e que se preocupam com o bem-estar de seus colaboradores.
O motivo? Pessoas felizes são mais produtivas, vestem a camisa da empresa e se dedicam para o seu crescimento, trazendo mais lucratividade para o negócio. Cuidar dos profissionais é um diferencial atualmente, o qual impacta em todos os aspectos organizacionais.
Para promover a felicidade no ambiente de trabalho, as empresas estão contratando os chief happiness officers (chefes da felicidade), também conhecidos como diretores da felicidade.
É uma profissão relativamente nova que está revolucionando o processo de gestão de pessoas. Surgiu em reflexo ao amadurecimento das organizações que finalmente perceberam que o bem-estar dos colaboradores deve ser uma prioridade.
Afinal, as empresas são feitas de pessoas. Grandes organizações, com nome no mercado, como como Google, Amazon e Airbnb investem nessa nova profissão. Os chefes da felicidade são profissionais importantes atualmente e essa atividade promete crescer a cada dia.
Saiba mais sobre essa profissão, como é feita e sua importância. Os diretores de felicidade podem revolucionar sua empresa, saiba mais!
Chief Happiness: quem são esses profissionais?
O chefe de felicidade cuida, como o nome indica, da felicidade dos trabalhadores em seus serviços. Seu objetivo é tornar o ambiente corporativo mais harmonioso, saudável e satisfatório para a saúde física e mental dos profissionais.
Esse profissional atua como uma ponte entre as expectativas e metas da empresa com as necessidades dos colaboradores. Importante: o diretor da felicidade não é o diretor de RH de uma empresa.
São funções diferentes. O diretor de Recursos Humanos é responsável por todas as atividades da área, como a realização de processos seletivos, comunicação interna, estratégias de gestão de pessoas, processos trabalhistas, dentre outros diversos.
É um cargo mais amplo e executivo. Pensando em uma hierarquia para entender melhor, o chefe da felicidade fica abaixo do diretor executivo de RH. Funciona,e então, como um departamento dentro do setor.
Mas afinal, o que é ser feliz no trabalho?
Felicidade no trabalho não é fazer o colaborador sorrir durante todo o expediente, mas sim proporcioná-lo ferramentas e oportunidades para que ele se sinta bem em seu papel desempenhado na empresa.
Hoje em dia, as pessoas não trabalham apenas pela remuneração. Elas precisam de um propósito, se sentir pertencentes a algo, valorizadas e importantes. Somente assim, elas são felizes no dia a dia no trabalho.
Tendo isso em vista, o chefe de felicidade fica responsável por engajar os colaboradores, tornar o ambiente de trabalho mais saudável e agradável, promover estratégias que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas dentro da empresa e motivar os colaboradores.
Além de melhorar a comunicação interna, oferecer qualificação profissional aos trabalhadores com cursos, palestras e workshops, ouvir as queixas das pessoas e implementar soluções, identificar as habilidades de cada um e dar-lhe tarefas que ele desempenhará com excelência.
Propor novos desafios, desenvolver atividades de aumento de performance, auxiliar nos processos seletivos, entre outras tarefas. Todas elas visam o bem-estar dos colaboradores, fazendo-o sentir que está sendo ouvido e é importante para a empresa.
Por que investir nesse profissional?
Um estudo realizado na universidade da Califórnia em Riverside indica que os trabalhadores felizes são, em média, 31% mais produtivos e sua criatividade é 3 vezes maior do que a de colaboradores infelizes no trabalho.
O mesmo estudo revela que as vendas são 37% mais elevadas também. Outra pesquisa realizada pelo Center for Positive Organizational Scholarship indicou que os profissionais felizes têm desempenho 27% superior comparado à de outros trabalhadores.
São 32% mais comprometidos também. Outros estudos indicam que colaboradores infelizes rendem 40% menos e seu trabalho rende o equivalente a apenas 2 dias úteis na semana.
Percebe a importância de investir nesse cargo? Para as empresas, investir na felicidade e bem-estar de seus colaboradores é fundamental para ter bons resultados e manter a alta produtividade das suas equipes. Somente assim conseguem crescer e obter mais lucros no final do mês.
Os chefes de felicidade devem ser empáticos, analíticos, ter boa comunicação, ser proativo, dentre outros tantos atributos. Se seu negócio ainda não conta com um profissional neste cargo, comece a estudar suas soluções – especialistas indicam que essa é uma das fórmulas de sucesso para empresas nos próximos anos.
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