A crise no sistema de saúde do Rio Grande do Norte não é novidade. A falta de atendimento, equipamentos, médicos e insumos, bem como condições básicas para o trabalho, já repercutem na imprensa local e até nacional há algum tempo. Mas ainda assim, alguns casos ainda conseguem chocar a população e até mesmo os profissionais da saúde. Segundo denuncia o Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde-RN), na última sexta-feira (08), os servidores do Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, encontraram dentro do Centro Cirúrgico da unidade dois escorpiões.
Segundando relatos dos servidores, um dos escorpiões foi encontrado por volta das 22h, andando no setor, justamente onde são realizados diversos procedimentos. O fato mostra mais uma vez a gravidade dos problemas encontrados na saúde estadual e o descaso cada vez mais evidente das autoridades, mas o diário do absurdo não para por aí… Na mesma noite no Hospital Santa Catarina foi encontrada uma rã, dentro da UTI Neo Natal, onde ficam internados os recém-nascidos.
Ainda segundo denúncias do SindSaúde- RN, não é a primeira vez que animais aparecem dentro dos hospitais. No Deoclécio, desde o começo do ano, servidores vem se deparando com a presença dos escorpiões. “Aqui também tem muitas baratas, que são a comida preferida dos escorpiões”, denuncia um servidor. Escorpiões aparecem principalmente na sala de repouso dos servidores da unidade. Devido o problema, alguns servidores chegam até mesmo a dormir no chão. Já o Santa Catarina, além das rãs, tem sofrido com cobras, que se aproveitam do mato alto nos fundos do hospital e acabam entrando inclusive em salas com recém-nascidos.
Até o momento, nenhuma desentupidora foi contratada para resolver o problema.
Os casos mais graves, até o momento, ocorreram no Hospital Tarcísio Maia, onde um rato apareceu em uma sala do hospital, e no João Machado, onde uma técnica de enfermagem foi picada por um escorpião há cerca de um mês e meio.
“Os hospitais estão virando um zoológico e a culpa não é da greve. Essas são as condições de trabalho e de repouso que temos. O servidor atende 30 pacientes em um corredor lotado, de madrugada vai repousar, mas nem consegue, pois pode ser picado a qualquer momento”, denuncia Simone Dutra, vice coordenadora geral do Sindsaúde-RN.
A Secretaria Estadual de Saúde ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
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