Nesta terça-feira (7), professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte entraram em greve. A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 14,9% referente ao novo piso salarial anunciado pelo Ministério da Educação no início deste ano.
A greve foi aprovada na últimaa sexta-feira (3), após as propostas feitas pelo governo do RN terem sido consideradas insuficientes pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte). A categoria retornou às salas de aula na segunda-feira (6) para informar a comunidade escolar sobre a paralisação e seus motivos.
Em uma nota divulgada na segunda-feira, o Sinte afirmou que aceitou, em 2022, “uma proposta parcelada, que trouxe perdas à categoria, com a implantação em 2 vezes do retroativo programado para iniciar em janeiro deste ano“. No entanto, o governo não cumpriu com o pagamento em janeiro, adiando-o para março.
Segundo o sindicato, a nova proposta do governo aponta para a implantação de retroativo no ano seguinte, em pelo menos oito parcelas a partir de maio de 2024. O Sinte argumenta que o reajuste do ano anterior já está sendo utilizado para justificar a inviabilidade do pagamento em 2023 e que não pode aceitar que esse seja o argumento do governo em 2024.
Além do reajuste salarial, a categoria também reivindica o envio à Assembleia Legislativa de projetos que visam instituir um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração para trabalhadores da educação, melhorias nas escolas de tempo integral e gratificações de diretores e vices a partir do porte das escolas.
Em nota, o Governo do RN lamentou a decisão da categoria pela deflagração da greve e afirmou que continua aberto a negociação. “Destaca-se que o RN é um dos poucos estados brasileiros que consegue apresentar uma proposta executável levando em consideração toda a tabela salarial e a paridade entre ativos e aposentados“, diz a nota.
A greve dos professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte representa um movimento legítimo da categoria em busca de melhores condições de trabalho e valorização profissional. É preciso que haja um diálogo aberto entre governo e professores para que se chegue a um acordo que atenda aos interesses de ambas as partes. Afinal, investir na educação é investir no futuro do país.
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