Diariamente é comum encontrar ambulâncias e carros sociais de diversos municípios do interior do Estado deixando pacientes para atendimento no Hospital Municipal de Natal Dr. Newton Azevedo, o que tem ocasionado uma demanda maior do que a capacidade instalada da unidade hospitalar. A direção do Hospital esclarece que o atendimento no Hospital é destinado exclusivamente para os munícipes de Natal, salvo os casos de urgência e emergência, quando é feito o acolhimento e primeiro atendimento, para em seguida fazer a transferência para o município de origem. Hoje pela manhã, a direção da Unidade flagrou pacientes de Nísia Floresta, Brejinho e São Gonçalo do Amarante em busca de atendimento no Hospital Municipal de Natal.
Historicamente, tem-se observado nas demandas de pronto atendimento de urgências e emergências de Natal um elevado percentual de usuários de outros municípios e que estes atendimentos de baixa complexidade e de caráter ambulatorial deveriam ser realizados nos próprios municípios, uma vez que não há pactuação entre Natal e os demais municípios para este tipo de atendimento.
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) publicou, em maio do ano passado, três portarias que normatizam o atendimento na rede de urgência e emergência dos pronto atendimentos da cidade. “Essa normatização se faz necessária, porque Natal não tem pactuação ampla com os demais municípios para prestação de serviços de urgência e emergência na baixa e média complexidade”, explica o secretário Luiz Roberto Fonseca.
A diretora do Hospital Municipal de Natal, Cecília Karla Picinin, explica que já orientou toda a equipe de acolhimento – recepção, porteiros e maqueiros – para que ficassem atentos quanto aos pacientes que chegam ao hospital oriundos de outros municípios. “Capacitamos nosso acolhimento para que eles pudessem recepcionar esses usuários e explicar que o atendimento é exclusivo para a população de Natal. É impossível conseguirmos dar conta da população e dos municípios do interior. Temos uma boa estrutura, uma equipe comprometida e qualificada, mas se houver essa invasão, o serviço tende a ficar comprometido”, explica.
Os usuários de outros municípios são orientados a procurar atendimento nos seus municípios de origem ou nos pronto atendimento dos hospitais regionais, ressalvada aqueles atendimentos cuja complexidade impossibilite a contra referência ou cuja gravidade imediata necessite de atenção. Quando observado que o paciente precisa de cuidados mais complexos e internação, ele será encaminhado dentro do fluxo de pacientes clínicos, pediátricos, cirúrgicos e obstétricos das unidades hospitalares da Região Metropolitana.
“Não estamos fechando a porta para aqueles pacientes que são classificados dentro do Protocolo de Manchester como vermelho ou amarelo. A urgência com risco de vida e a que demanda necessidade de intervenção imediata sob pena de prejuízo para a vida das pessoas será atendida. Mas os demais pacientes serão contrarreferenciados para as unidades responsáveis pelo atendimento”, explica Luiz Roberto Fonseca.
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