(ANSA) – Milhares de pessoas vestidas de vermelho tomam neste momento pelo menos quatro quarteirões da Avenida Paulista no ato em defesa do governo Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocado pelo PT e por movimentos sociais.
Na via mais famosa de São Paulo, manifestantes levantam bandeiras do partido, inflam balões da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e criticam o que chamam de “golpe”, o juiz federal Sérgio Moro, o presidente da Câmara Eduardo Cunha, membros da oposição e a Rede Globo. Outros grupos, como o Movimento Sem-Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), também estão presentes.
A maior parte dos militantes se concentra em frente ao Masp, mas a avenida está bloqueada nos dois sentidos e em quase toda a sua extensão. Ainda não foram divulgados números sobre o ato, mas pessoas continuam chegando e existe a expectativa por um discurso de Lula. A manifestação também tem um show do cantor Chico César.
Todos os estados registram atos em defesa do governo, incluindo o Distrito Federal, onde, na capital Brasília, o PT espera reunir pelo menos 10 mil manifestantes durante a noite. O protesto ocorre na Esplanada dos Ministérios. João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, derrubado por um golpe, subiu em um caminhão da CUT e atacou Moro, a quem ele acusou de querer provocar mortes e chamou de “ditadorzinho”.
A marca dos 10 mil já foi atingida em Natal (RN), segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte. No momento, a capital potiguar abriga um dos atos pró-governo mais expressivos desta sexta-feira. Contudo, de acordo com os organizadores, já são cerca de 30 mil pessoas participando de uma marcha de 6 km.
Já em Belo Horizonte (MG), os manifestantes levaram um boneco do senador mineiro Aécio Neves vestido de presidiário. Em Salvador (BA), um dos presentes foi o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, que chamou de coisa de “gente branca” os protestos contra o PT. Na cidade, as estimativas vão de 50 mil (PM) a 100 mil (organizadores).
Em Maceió (AL), a manifestação foi pela manhã. Segundo a PM, o ato na capital alagoana reuniu 3 mil pessoas. Para os organizadores, foram 8 mil. No Rio de Janeiro (RJ), a concentração ocorre na praça 15 e, segundo os responsáveis pelo ato, estão reunidos mais de 25 mil indivíduos.